Flexibilização das armas no Brasil

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Olá, pessoal! Hoje eu vou trazer para vocês duas dissertações com o tema “Flexibilização das armas no Brasil”.

Se você está escrevendo ou já escreveu sobre esse tema, fique aqui com a gente para acompanhar os textos!

Real segurança para o brasileiro

No século XXI, ao fim de anos de autoritarismo monárquico, o mundo ocidental experimenta pela primeira vez a liberdade individual proposta pela Revolução Francesa. Todavia, três séculos depois, a humanidade ainda está descobrindo como balancear essa nova conquista, ao passo que aberturas e deliberações, quando feitas de modo indevido ou incompleto, vão em direção contrária à tentativa de pacificidade. Com isso, a flexibilização do porte de arma no Brasil trará como

consequência o aumento de assassinatos, e não a segurança pessoal. Primeiramente, o Estado Libertário experimentado pelo Ocidente na contemporaneidade possui falhas. Ilustração disso, é a possibilidade de posse de armas, isso é, não só mantê-la, mas andar livremente, sem que uma criteriosa análise psicossocial seja feita. Sem o devido estudo, é possível que uma pessoa use a para outro fim -criminoso- diferente daquele defendido pela medida. Prova dessa negligência é o ocorrido em Suzano – SP no final da década de 2010, quando jovens, ao pegarem armas de seus responsáveis, atiraram contra colegas na escola do bairro paulista. O que mostra a real necessidade de investigação do meio que o armamento legalizado pode entrar, caso o Estado não queira ser o culpado pelas mortes.
Tendo visto isso, o uso indevido é possibilitado pela brecha deixada pelo governo brasileiro na deliberação. Por esse motivo, tal falha também facilita acidentes domésticos, como o feminicídio e suicídio, ambos casos de mortes ocasionadas por distúrbios psicológicos. Como mostra o dado da Folha, nos anos de 2019-2020, período da tomada de flexibilização feita pelo Governo Bolsonaro, os assassinatos causados por ódio do gênero feminino aumentaram 7%, crescimento visto em paralelo à posse de armamento no Brasil.
Depreende-se, portanto, a necessidade da revisão dessa flexibilização legislativa no cenário brasileiro, com objetivo de reduzir graves decorrências do uso indevido de armas, como ocorrido em Suzano. Assim, é preciso uma avaliação mais criteriosa do responsável por essa, e então, a população no Brasil conseguirá um verdadeiro aumento de sua segurança, e não apenas um deslocamento no número de mortes.

Arma: mais segurança ou perigo?

No Brasil, com a criação do Estatuto de Desarmamento em 2003, o porte e a posse de armas foi dificultado. Atualmente, essa lei tem sido questionada e foram criados movimentos pela flexibilização do porte de armas, o que é perigoso, pois elas estão rela- cionadas aos índices de violência e são um risco para crianças e adolescentes.

Em primeiro lugar, facilitar a aquisição de armas influencia no índice de violência de um país. De acordo com pesquisas do Mapa de Violência, a existência de mais armas em circulação não significa que haverá uma redução na violência. Isso acontece porque, ao ser mais brando com relação às armas, o Estado banaliza a violência e permite que qualquer indivíduo se torne um justiceiro em situações de estresse, como ocorreu em Porto Alegre onde uma família foi morta a tiros após uma discussão no trânsito. Logo, a violência se torna mais comum, uma vez que o indivíduo acredita ter o direito de fazer o que considerar melhor por possuir a arma, e isso representa uma ameaça para a vida e segurança da população.

Além da violência no cotidiano, dificultar a posse e o porte de armas pode evitar acidentes fatais. Segundo uma pesquisa feita em 2018 por pediatras da Universidade de Stanford, na Califórnia, ferimentos por arma de fogo são a segunda principal causa de morte entre jovens nos Estados Unidos e, nos estados onde é mais fácil a aquisição, o risco é duas vezes maior. Essa pesquisa mostra como é muito arriscado possuir armas em casa, visto que crianças e adolescentes podem se tornar vítimas de acidentes fatais ao manusear o objeto para descobrir como funciona e até mesmo por não conseguir diferenciar uma arma de brinquedo de uma verdadeira. Dessa forma, fica claro que o porte de armas é perigoso e, mesmo em situações inocentes, ela sempre servirá para ferir o outro.

Portanto, a flexibilização do porte de armas não representa mais segurança para a população e sim uma maior chance de banalização da violência e aumento de seus índices e, também, maiores riscos de acidentes fatais envolvendo crianças. Por essa razão, o Estado deve permanecer rígido em relação ao porte de armas e precisa garantir segurança para sua população.

Fechamento

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