Capacitismo no Brasil

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Olá, pessoal! Hoje vou trazer para vocês duas dissertações com o tema: “Como combater o capacitismo no Brasil”.

Capacitismo é o termo usado para o preconceito com pessoas com deficiência. Sabemos que destratar ou ofender uma pessoa por alguma deficiência, seja ela qual for, é uma prática bem comum e bem cruel.

Está procurando alguma inspiração para escrever sobre esse tema? Então fique aqui com a gente!

Caminhos para combater o capacitismo no Brasil

O preconceito é uma opinião desfavorável não baseada em fatos e existe em diversas formas, sendo uma delas o capacitismo, definido como o desprezo a pessoas com deficiência. Essa forma de preconceito é problemática e é necessário que existam caminhos para combater o capacitismo no Brasil, pois há uma representatividade conturbada no meio artístico e há pouca inclusão no mercado de trabalho.

Primeiramente, a falta de uma representação fiel de pessoas com deficiência nos filmes contribui para o aumento do preconceito. Por exemplo, o filme “Music”, produzido pela cantora Sia, tem como protagonista uma garota com autismo que é representada por meio de uma visão neurotípica e torna a personagem pouco fiel a como autistas agem na realidade. Isso mostra que pessoas com deficiência são representadas de forma irreal no meio artístico, sendo muitas vezes ridicularizados ou infantilizados, gerando mais preconceitos e esteriótipos. Logo, é preciso que existam meios para mudar esse pensamento preconceituoso na sociedade brasileira e incluir mais deficientes na produção de filmes e séries.

Além disso, ainda é pouco o número de portadores de deficiência que estão presentes em trabalhos regulares. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, menos de 1% da população brasileira com deficiência possui a carteira de trabalho assinada. Esse dado mostra que ainda é pequena a inserção dessa população no trabalho regular, o que causa uma diminuição da qualidade de vida dos deficientes no Brasil, uma vez que, sem um serviço regularizado, eles não conseguem usufruir de seus direitos e são excluídos da sociedade. Desse modo, fica nítido a necessidade de criar medidas para combater o capacitismo e inserir mais deficientes nos índices da população com carteira assinada.

Portanto, é urgente a criação de caminhos para combater o capacitismo no Brasil e diminuir a falta de representatividade no meio artístico e de trabalho. Para isso, o Estado deve incentivar a inserção de pessoas com deficiência nos meios de produção artística, como teatros e estúdios cinematográficos, e no mercado de trabalho através de leis com a finalidade de aumentar o número de deficientes em diversos locais de trabalho e sua representação adequada e, assim, ter uma sociedade menos excludente.

Combatendo capacitismo no Brasil

Como mostra a série Atypical, da Netflix, pessoas portadoras de deficiência física ou mental sofrem diariamente a hostilidade enraizada e reproduzida pela família e amigos, os quais separam esses indivíduos do restante do grupo por lidarem de modo pejorativo com a diversidade humana. Exposto isso, o caminho para combater a discriminação de pessoas com deficiência é feito a partir do combate ao preconceito na sociedade e à política higienista que o origina.

Primeiramente, a humanidade vê de forma depreciativa o diferente, e esse cenário também é repetido no Brasil. Dessa forma, o sujeito que contém alguma singularidade, quando comparado a maioria, é colocado na posição de estranho, recebendo muitas vezes um tratamento como se ele fosse incapacitado de exercer funções comuns na sociedade. Assim, tal titulação indevida ocasiona o capacitismo na opinião popular, e a exemplo dessa separação social, é tomada a legislação brasileira, a qual obriga que apenas de 2-5% dos empregados por uma empresa sejam portadores de alguma deficiência, mesmo tendo ciência que um número muito maior (24% de acordo com o IBGE) dos brasileiros se encaixam nesse rótulo, segregando-os erroneamente então, como trabalhadores inativos. Ainda nesse parâmetro, o preconceito visto anteriormente é gerado por uma ação anterior: a política higienista. No contexto brasileiro, essa política vem sendo reproduzida desde a construção da identidade brasileira. A verificar historicamente, no período pós proclamação da república, houve a ocorrência de diversas dizimações de minorias nos grandes centros urbanos, afim de moldar um estereótipo ideal para a população que ali vivia. Como mostra o filme Nise da Silveira, médica que trabalhou durante o evento chamado Holocausto Brasileiro, milhares de portadores de deficiência cognitiva eram escondidos em hospitais psiquiátricos e mortos, pois os governantes não achavam conveniente deixar sujeitos que não se encaixassem no perfil ideal para a época vivos nas ruas, o que mostra que a raiz do preconceito são tais políticas de interesse, em que alguém com poder coloca sua vontade acima da vida de outros para garantir alguma vantagem.

Depreende-se, portanto, a necessidade de reconfigurar as políticas públicas que originaram o capacitismo com a função de combater esse mal. Para que isso ocorra, o Estado deve, através do Ministério do Trabalho e Educação, ampliar a acessibilidade dessa minoria na vida acadêmica e ativa economicamente do país, visto a segregação desses na sociedade. E então, por meio da ampliação das cotas em universidades para portadores de deficiências, e aumento da obrigatoriedade para 20% na legislação empregatícia vigente, o Brasil conseguirá desconstruir -mesmo que lentamente- as ações feitas pelo poder público nos últimos séculos, consequentemente, combater o conceito de capacitismo nos brasileiros.

Fechamento

E ai, me contem o que acharam desses textos! Você também já escreveu alguma coisa a respeito desse tema? Vou adorar por compartilhar conhecimento com você!